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Cheque especial: saiba como funciona e quais os riscos de usar

Cheque especial: saiba como funciona e quais os riscos de usar

28 de maio de 2024

Você sabe quais são os riscos para quem usa o cheque especial? Essa modalidade de crédito é um dos recursos mais utilizados quando não se tem uma reserva financeira.

Isso acontece devido à facilidade para a contratação, já que o crédito é pré-aprovado. Dessa forma, quando você não possui mais saldo na conta para utilizar para pagar contas ou continuar consumindo, você pode solicitar o valor do cheque especial, e então sua conta fica no vermelho, ou seja, consta com saldo negativo. 

A grande preocupação é o pagamento dos juros, pois assim como todo empréstimo, existe a cobrança pelo uso daquele dinheiro solicitado. 

Para ajudar você a entender como funciona e quais os riscos de usar o cheque especial, preparamos este artigo. Confira! 

 

Entenda o que é o cheque especial  

O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada, que fica disponível na conta do correntista, mesmo que ele não tenha solicitado. 

De forma prática, trata-se de um tipo de empréstimo, embora não exista burocracia para contratá-lo. 

Muitas pessoas utilizam o cheque especial como uma solução rápida para sanar a falta de dinheiro momentânea. No entanto, caso utilizado de forma não planejada, pode ocasionar em problemas financeiros. 

O cheque especial também é conhecido por outros nomes: 

  • limite pré-aprovado 
  • cheque azul; 
  • LIS, entre outros.  

Como a contratação é sem burocracia e também sem garantias, a instituição financeira assume o risco de não receber e, por isso, esse tipo de empréstimo costuma ter altas taxas de juros.

Além disso, caso você não quite a dívida do cheque especial, fica sujeito a ter o CPF negativado. E com a restrição de crédito, há uma maior dificuldade para contratar empréstimos, fazer financiamentos, entre outras restrições. 

 

Saiba como funciona o cheque especial  

O cheque especial funciona como uma espécie de “empréstimo automático.  

Quando você faz uso de todo o saldo da sua conta bancária, mas deseja realizar uma compra ou pagar uma conta, o banco empresta, de forma automática, um valor pré-aprovado. Dessa forma, você pode utilizar o valor disponibilizado pelo banco, mas há cobranças de taxas e juros. 

Veja o exemplo: 

Supomos que você tem um saldo bancário de R$ 500 e pagou um boleto de R$ 600. Automaticamente, estará usando R$ 100 do valor disponível do seu cheque especial.  

Assim que um dinheiro cair na sua conta, essa quantia deverá ser devolvida com jurosmais a incidência de taxas, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), uma taxa exigida pelo governo pela utilização do crédito. 

Portanto, é preciso estar atento ao extrato bancário, pois como você não precisa solicitar o crédito, pode acontecer de usar o valor disponibilizado no cheque especial sem nem mesmo perceber. 

Também acontece no caso de você querer sacar o dinheiro do cheque especial ou transferir para outra conta via DOC ou TED. A lógica é a mesma, sua conta fica negativa e começam a ser cobrados os juros. 

 

Quem pode usar esse tipo de empréstimo?

Todos os correntistas de instituições financeiras e que possuam limite pré-aprovado podem usar essa modalidade de crédito. 

O limite do cheque especial varia de acordo com cada cliente, considerando informações básicas, como histórico de pagamentos e tempo de abertura da conta, além da renda. 

 

Quais os riscos de usar o cheque especial? 

Com as altas taxas de juros e a falta de planejamento financeiro, essa dívida pode se tornar uma bola de neve e fica fácil se tornar uma pessoa endividada com o uso do cheque especial. 

Até existem bancos que oferecem alguns dias para a utilização dessa modalidade de crédito sem a cobrança de juros. No entanto, após determinado período, as taxas podem chegar a mais de 300% ao ano para pessoa jurídica e mais de 160% ao ano para pessoa física.

Como calcular os juros do cheque especial? 

O cheque especial funciona de forma diferente de outras linhas de crédito. Embora as taxas sejam acrescidas ao valor principal todo mês, a cobrança é realizada por dia, sob juros compostos

O que isso significa? 

Que a taxa a ser cobrada é cumulativa. Se o seu banco cobra uma taxa de 5% ao mês, isso indica que uma taxa de 0,16% será cobrada diariamente sobre o novo valor calculado do dia anterior.  

Ou seja, o valor aumenta um pouquinho a cada dia. Como consequência, você tem um custo muito elevado de contratação e, muitas vezes, só vai perceber quando o saldo negativo não para de aumentar. 

Com isso, manter o nome limpo se torna um desafio. 

Veja o exemplo:  

Supomos que você usou R$800 do cheque especial em um período de 15 dias. A taxa de juros do seu banco é de 8% ao mês e o mês possui 20 dias úteis.  

Com essas informações o cálculo será: R$ 800,00 x 15 x 0,40% = R$ 48,00 de juros. 

Pode parecer um valor baixo, mas não se engane

Como os juros são compostos, e caso você permaneça muitos meses no cheque especial, a dívida pode ficar enorme. 

 

Como pagar a dívida do cheque especial?

Caso você esteja com dificuldade em quitar o cheque especial,  é indicado solicitar uma negociação da dívida ao banco

Outra opção seria pegar um empréstimo com juros menores para conseguir quitar o saldo negativo. A vantagem aqui é trocar uma dívida cara por uma mais barata, ou seja, com juros menores.  

 

3 modalidades de empréstimos com juros menores que o cheque especial

Separamos três modalidades de empréstimos com juros menores para você conhecer. Confira! 

Consignado

O empréstimo consignado costuma oferecer boas condições e taxas de juros Por isso, pode ser uma opção para quitar a dívida do cheque especial. 

Os juros dessa modalidade podem variar entre 1.46% e 4.92% mensal. A taxa é mais baixa que outras modalidades de empréstimo porque o consignado tem suas parcelas descontadas diretamente do seu salário. 

Dessa forma, as chances de inadimplência são menores. 

Mas não se esqueça de ler atentamente as condições do empréstimo e se certificar que ele cabe no seu planejamento financeiro. Afinal, as parcelas serão descontadas todos os meses diretamente do seu salário, o que vai comprometer parte da sua renda.

Com garantia 

O empréstimo com garantia também pode ser uma boa solução para conseguir empréstimos com juros menores

Para isso, você vai precisar ter um bem quitado, como carro ou imóvel.  

Assim como acontece com o consignado, o banco tem maior chance de receber o dinheiro. Logo, é possível reduzir as taxas de juros, que são em média podem variar a partir de 0,89% ao mês para essa modalidade de empréstimo e a depender da instituição financeira. 

Mas, novamente, fique atento às condições do empréstimo e ao seu planejamento financeiro. Afinal, no caso do não pagamento a insituição financeira pode tomar o bem que foi dado como garantia. 

Pessoal 

Para essa modalidade de empréstimo, é possível encontrar taxas de juros que variam entre 1,04% até 22,29% ao mês.

O empréstimo pessoal não possui garantias, por isso os bancos fornecem o dinheiro a juros mais altos do que os empréstimos que já citamos acima.  

Assim, em momentos em que você precisa de dinheiro e não conta com uma reserva financeira, é mais vantajoso buscar um empréstimo do que usar o cheque especial que, apesar da praticidade, costuma ter juros juros mais elevados. 

Viu como é arriscado usar o cheque especial? Apostar em um bom planejamento financeiro é a melhor forma de manter as contas em dia.  

Contudo, caso seja inevitável usar o cheque especial, tente quitá-lo o mais rápido possível, ou contrate um empréstimo com taxas menores para cobrir o saldo negativo. Dessa forma, você retoma o controle das finanças

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